O corpo voltou.
A mente chegou uma semana depois.
Mas, o espírito levou umas duas semanas e a junção de tudo deu esse baque.
De repente, a solidão. De repente todo um processo de baixa de energia e um momento breve de perda de visão do que está a frente. Exatamente como o frio que a gente sente quando o sol vai despontar no horizonte assim que o sol tá pra nascer.
Não é que crianças e velhos sentem febre ao anoitecer e ao amanhecer?
Essa é a hora derradeira do tal desamparo.
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Mas, a questão é que a gente tá desamparada não.
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é só um processo, um engano, uma impressão e mais que isso, um momento.
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ao menos no meu caso, eu to de pé, tô firme, tô bem.
foi só o processo de estar lá, certamente. sempre mexe muito comigo, com meus sonhos, com a minha estrutura mental, com a estrutura física. então, dentro desses processos muito doidos que eu to vivendo há anos, dentro de tudo isso, foi quase uma outra viagem astral... praticamente um desdobramento. e eis que tanta e muita coisa aconteceu num espaço de tempo tão curto e com essa impressão de que nada sairia bem, nada daria muito certo e mesmo tendo tanta insegurança, consegui fazer tudo direitinho, como se eu realmente estivesse quase no topo.
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então juntou tudo aqui.
e agora é preciso caminhar.
não dá pra lamentar o futuro que não veio ainda. nem o passado que não foi escrito.
tem trabalho pra burro pela frente, tem coisa demais pra se fazer.
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esa viagem, não serviu apenas pra eu entender onde posso chegar.
não serviu apenas pra eu ver onde está a vibração dos meus desejos, possibilidades e do que posso atrair pra perto de mim. não serviu apenas pra eu compreender que sou capaz DE VERDADE.
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serviu pra corroborar o que eu já sei porque já me foi apresentado:
EU SOU CAPAZ DE FAZER E REALIZAR QUALQUER COISA QUE EU QUEIRA.
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Sou visionária. Sou pioneira. Estou na abertura dos caminhos.
Essa solidão é parte, é temporária. Eu tenho companhia. Inúmeras companhias.
A primeira delas, sou eu mesma. E assim, segura e seguindo, posso ir me juntando aos outros.
Aos meus pares. Eles estão em todas as partes.
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E é assim que vamos mudar o mundo. É assim que já estamos preparando o planeta pra algo diferente e melhor. A gente tá passando pela alvorada. Vai parecer que estamos sendo esmagados mas, isso é impressão, apenas esse struggle de energia que breve se abrirá pra uma manhã linda, fresca e cheia de luz.
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Tem algumas noites que a solidão me agarra e a única coisa que eu penso é em tentar entender "por quê?"
Eu acho que eu me blindo, eu sinto isso.
Eu acho que eu não mereço, apesar das constantes luta, ainda sinto que não mereço.
Eu acho que não me sustento com apenas uma escolha.
Eu tenho medo de fazer uma má escolha.
Hoje em dia, eu acho que é mais isso, do que nada.
Na perspectiva de fazer uma má escolha, não faço escolha alguma.

E é assim que o destino vai me presenteando com leves e pequenas (mas total insatisfatórias) amostras de como o amor pode chegar pleno se a gente estiver disposto a viver uma boa história. Às vezes eu acho que é tão egoísta de minha parte querer que alguém apenas me ame, que eu fico na defensiva achando que é realmente isso aí: DEVO SER PLENA SEM TER ABSOLUTAMENTE NINGUÉM. E ponto. Me esforço para estar sozinha. Olha que lógica contraditória.

Mas, tem esses dias que a solidão se personifica e entra na minha casa, se agarra a mim e é minha única companheira. Passa a noite ali ao meu lado, me fazendo companhia. Calcule.

Eu não acho que isso seja justo, ok?
Ela não é boa.
Ela me faz sangrar.
Me faz doer.
Me faz duvidar da minha coragem.
E me faz não querer dormir nem querer nada com nada.
E é por isso que agora, às 5 horas da manhã, eu dou voltas na minha cama... vejo netflix... assalto a geladeira... pra poder ter a sensação de que sozinha eu não estou. Disfarço.

Confrontar a solidão e aceitar sua companhia é um ato extremamente dolorido.
Ela não é legal. Não é cool.
E além de tudo, entrega a conta da incapacidade que temos de controlar isso, numa esfera muito profunda. Afinal, ter companhia é fácil. Não se sentir sozinho é que é a grande sacada!

E eu não quero me enganar.

Eu tenho consciência de que preciso de espaço, preciso de individualidade e que sou uma pessoa abençoada e rodeada de pessoas que me querem bem, que me desejam o melhor e que, ao mesmo tempo, vibram com a minha força e com as minhas conquistas cada vez que elas chegam. São amigos, são companheiros de vida, de trabalho, de visão de mundo. Tem gente inclusive que nunca vi pessoalmente, tem gente que vi poucas vezes. A solidão, desse ponto de vista, fica pequena, perde o poder que dentro da noite avançada em meio a um seriado e outro acompanhado de uma taça de vinho, insiste em sussurar besteiras no nosso ouvido. É nisso que me prendo e me agarro quando a dor de estar só vem.

Essa dor é uma mentira.
Eu acho que tem uns gatilhos pra essas crises acontecerem.
Esse ultimo relacionamento deve ter sido um deles.
Foi uma promessa breve de felicidade, uma amostra grátis de parceria.
Esse homem companheiro, cuidadoso, bonito, bem humorado, bom, conversador, inteligente e louco como eu, ele mexeu comigo. E a distância somada às mulheres louras (carma) nos colocam muros de espaçamento. A realidade e o sonho me escorrem pelas mãos.

E é isso. Vai passar, tá tudo bem.
A noite vai passar. Amanhã vai chegar.




Eu acho que eu e Stu nos encontramos mesmo pra fazer um tipo de desdobramento das nossas realidades. Ele, que está de volta com a namo (com quem ele faz belo casal) e eu, às voltas com affairs da minha solidão, pudemos perceber que níveis de realidade podemos alcançar.

Pensei, por um tempinho, que fosse algo apenas meu mas, só pelo meu hábito de achar que eu sou sempre a cocô do cavalo do bandido e na verdade, nem sempre, é algo assim. Ao contrário. Me lembro ainda de ele me dizendo que me conhecer o fez perceber como ele poderia vivenciar momentos bacanas como aquele que a gente estava vivendo, que nosso encontro era uma prova de que ele poderia estar aberto a conhecer pessoas maravilhosas como eu.

Ele saiu da realidade dele, para aprender isso comigo.

Eu, por minha vez, ao conhecê-lo, percebi como eu posso me deslocar por momentos bacanas como aquele que a gente estava vivendo. Que era uma prova de que eu poderia estar acompanhada, segura, espontânea e feliz de estar com pessoas maravilhosas como ele.

Eu saí da minha realidade pra aprender isso com ele.

Seja lá como for, foi demais tudo aquilo. A gente se divertiu muito apesar das partes viajantes (e estranhas) que tivemos. E eu tive as provas concretas de que meus padrões mudaram completamente. Completamente. E que estar espontânea e aberta a um relacionamento, poderá ser parte da minha vida logo em breve.

Seria muito bacana se fosse com ele, hahahah Seria genial, um casal muito maneiro. Mas, isso não cabe a nenhum de nós controlar. Eu tenho um trabalho muito árduo ainda pra realizar e não me vejo em grandes motivações com relacionamentos por um ano mais, pelo menos. Mas, bem, eu também não sou quem diz. Aberta estou. Aberta a relações como essas: leves e felizes, de somatória, de companhia e de admiração mútua.

Tenho muito o que falar sobre o meu estado mental e emocional atual e a comparação que faço com o ambiente que fui criada, para mim, bastante repressor apesar de a repressão ter partido muito mais de super proteção do que de maldade. Veio de podas, mais do que más-intenções. Aquele medo de pais que não querem ver seus filhos se darem mal mas, acabam passando da onda. Ao menos eu soube o momento de desatar a corrente e minha mãe me cedeu as chaves. O vôo não foi fácil mas, cá estou eu planando entre esse ambiente às vezes difícil.

E cheia de referenciais para a criação dos meninos.
Enfim. É isso.
Vamos pra próxima.
Ao mesmo tempo em que sou chamada a retomar a minha sanidade (forte né?), meu senso de realidade puxa pra um oporto interessante. Todas as teorias da conspiração parecem verdadeiras quando a gente se depara com a realidade que estamos agora.
Vim pra uma reunião no Centro do Rio e o que vejo: A GUERRA.

Eu não sei se em 2013 foi assim.
Se em 2014 foi assim.
Minha vida era o caos naquele momento e eu me lembro de vibrar mas não poder estar por lá.
Eu precisava sobreviver.
E nas manifestações em que estive em 2015 e 2016 não teve isso. Era tudo aglomerado. Mas, pacífico. E enfim, de qualquer forma, hoje, eu estava indo pra uma reunião.

Era pra ser um meeting.

Era pra ter uma gravação.

Apesar do entorno caótico de conseguir me localizar melhor geograficamente, emocionalmente, mentalmente....

O Rio que vejo agora, não mais o reconheço.
As imagens que vi hoje me remontaram à São Paulo de 99 nas manifestações na frente da BOVESPA mas, nem ali, o ESTADO reagira com tanta agressividade. O ESTADO (re)AGIU com muita MUITA agressividade.
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A população está rebelada, estão trabalhando e estão sem salários há tempos.
Recebendo o que é devido aos pingos.
Esquece-se que nesse país, nessa cultura, o trabalho e o salário são motivos de resignação e de orgulho então, o que acontece com as pessoas quando elas tem um e não tem o outro: perderam a estabilidade sem prévio aviso. E estavam rebeldes em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro porque não tinham mais a perder. E o ESTADO reagiu. Mal. E tiveram resposta. Então, de repente parecia batalha campal.
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Eu, fui tomada por um sentimento e vesti a camisa da indignação.
A Keila jornalista correspondente internaciona de guerra tomou conta de mim e do meu celular e eu dimensifiquei essa realidade da forma que pude. Simplesmente, não saí dali. Mas digo, Não foi bonito.
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Na saida pra casa, me deparei com a festinha  fofa do MST com funk e organicos baratos.
Àquela altura eu já não dava conta de tanta discrepância. De tantos paradoxos.

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou" era uma letra de música e se tornou uma constatação.
Simples assim.
Só 3% de bateria.
Enquanto isso escrevo esse texto.

Eu sinto que voltei ao meu lugar de normalidade. A cabeça, o corpo e a consciência agora dão conta do quanto estou na esfera do normal e não mais do que eu considero ideal, incrível e absoluto. 

Calço tênis que me queimam os pés e que possuem furos nas pontas. Eu acho que mereço novos sapatos mas assim é também com meus filhos e se eles não têm, eu também não tenho. Cuido pra que esse sentimento de mediocridade não tome conta de mim: isso não tem a ver com arrogância. Isso tem a ver com auto piedade, com auto sabotagem e com auto flagelação, um esforço por estar pior do que se pode estar , sem nenhuma necessidade de ser assim. 

Cheguei brilhando na maravilhosidade e aqui a realidade me oprime: a luta por trabalho, o peso das escolhas com o ex marido, o desafio da responsa das duas vidas que tenho comigo. Sem contar com a generosidade com que eu adoraria poder contemplar minha mãe, pai, irmãs e sobrinhos. Pensar neles é pensar no pesar e na impotência de não poder transformar todas as realidades.

Superpoderes.
Sei que tenho alguns e já os uso. 

Queria ainda ter outros que pudessem consertar efetivamente as realidades. Muita inocência dizer isso. Pra não dizer, prepotência!!!

Agora 1%.

Breve pensamento interrompido. 
Eu só quero não esquecer o quão maravilhosa eu sou e o quão incrível posso chegar a ser principalmente se as condições estiverem razoavelmente favoráveis. (Não venham com lugar comum -tipo "assim, todo mundo consegue" - isso não acrescenta).

Quero lembrar das ferramentas que tenho.
Quero lembrar dos conhecimentos que tenho e, principalmente, de todo conhecimento que ainda está por vir, do que posso fazer e render.

(Bateria è finita)
A passagem por Los Angeles, dessa vez, me deixou marcada com uma palavra: Serendipity. Direto no coração e no cérebro.
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Não se traduz pro português, tem significado relacionado às coisas boas que acontecem sem motivo aparente. E desde sempre essas coisas me acontecem. Só não tinha como nomear. 
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Foram inúmeros aprendizados, contatos, amigos revisitados, amigos que me ajudaram, acontecimentos incríveis... eu, alcançando coisas/pontos/feitos que nunca imaginaria ter alcançado!
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Eu estou decidida a continuar, sem parar e apesar do medo que fica querendo impedir o curso de seguir normal... O medo aliás, já não tem mais o controle e a direção da minha vida.
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A culpa, por sua vez, fica rondando à espreita, esperando qualquer brecha pra entrar e abrir a porta pro medo. Ambos, juntos, podem provocar grandes estragos.
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Então, a minha escolha é por seguir no caminho das felicidades e alegrias inusitadas, pequenas e grandes que se apresentam em meu caminho.
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Meu cérebro prossegue ativo. Meu coração caminha mais calmo na certeza de que as coisas vão acontecer e se conciliar, exatamente no tempo em que tiverem que se conciliar.
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Diferentona? Sempre fui. E essa é a minha melhor qualidade, o que gera todas as outras. Não me escondo atras de desculpas, faço mergulhos profundos, me lanço a desafios inimagináveis. A vida pra mim, só tem graça assim.
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Meus filhos se juntam a mim nessa aventura e eu seguirei na missão de protegê-los e encaminha-los pro bem, no matter what.
Mamãe está indo viajar.
Tem um sentimento esquisito aqui porque eu queria muito ir juntinho de vocês.
Ou seja, eu vou morrer de saudades. 
Ao mesmo tempo, eu sei que, pra vocês irem comigo, teriam de ser outras condições.
Não só nossas.
Seu papai talvez tivesse de ser outro e até teria de ter outro dinheiro.

A mamãe entrou apostando bem alto aqui.
Digo isso porque produzir essa viagem foi um grande risco.
Parcelei meu aluguel (o nosso né?) e estou indo sem seguro dos homens, contando com a proteção dos protetores que me guiam.
E com dinheiro contado.
Essas coisas não se fazem mas, às vezes, a gente calcula riscos pra fazer certos movimentos.

Vou pegar meu ônibus pra São Paulo agora.
À noite, vôo para Los Angeles. A gente conseguiu vôo direto, sabia?
Vai ser bem rápido.
E como a mamãe ama aquele lugar...
Trarei muitas novidades, certamente.
Quero muito que vcs conheçam aquela parte do planeta.

Breve viajaremos juntos.
Vamos conseguir os papéis com o juiz, vamos ter o dindin pra comprar muitos presentes.
Quem sabe a gente não se muda pra uma dessas cidadezinhas também?

Bem, crianças.
Fiquem bem.
Tenham juizo e obedeçam a madrinha e a querida Coca.

Ah!
Não sei exatamente o que vai vir de tudo isso, bebês…
Mas espero que seja apenas coisa boa. 
Dá um pouco de medo. 
Mas é mais um frio na barriga. 
Eu só quero dizer algo pra vocês. 
Eu só quero que entendam algo bem no profundo da suas almas.

Eu amo vocês.

Vocês são meus anjos.
São a minha fonte de equilíbrio.
Referencial para crescer.

E eu sempre vou estar aqui, ali e aí para vocês. 
Tudo que faço é para vocês, por vocês.

♥ observação: coloquei essa foto porque sei que um dia se vocês lerem esse blog talvez se lembrem do quanto curtem ver fotos de gatinhos bebês fofos. 

Essa sexta feira foi um dia muito esquisito. Mas, foi esquisito de bom. Tenho tido alguns esclarecimentos das coisas que eu mesma acabo ficando admirada e até orgulhosa de mim.

Meus meninos estão doentes. E eu fico tentando pensar objetivamente o que pode estar acontecendo. Ontem passamos o dia no posto e hoje estão febris. Foi diferente das outras vezes onde a febre só durava um dia e de repente ia embora. Algo os está pegando.

Talvez aquelas vitaminas gringas? Eu também adoeci após começar a tomá-las. Vou conversar com eles amanhã sobre suspender, ao menos por um tempo.

Mas, o grande ponto do dia foi conversar com o Vitor.
Sim.
Ele.
Ele teve a manha de encontrar esse blog aqui e reler.
E chegou até àquelas partes todas, um pouco malucas, onde eu falava do meu processo, da minha vida, onde eu drenava todo aquele sentimento que eu não conseguia administrar e nomear, por ele.
E aquilo foi a uns 13, 14 anos.
E, sabe o que é muito louco?
É realmente como se como se fosse ontem.
Como se não tivesse passado um segundo sequer.
Como se não tivesse esse mundão de histórias das nossas vidas no meio.
E eu respeito tanto isso: nossas histórias.
Elas são as melhores coisas, as melhores escolhas que pudemos fazer e que fazemos todos os dias.
E mesmo assim, ainda existe esse cordão imaginário que nos une.

Porque fellows...
De alguma forma eu consigo dizer pra vcs que.... caralho.... puta quel pariu.... eu não sou louca.
Existe reciprocidade.
Existem, obviamente as diferenças de personalidade, de forma de observar as coisas.
Existem as histórias, as possibilidades e as
Mas, isso não importa.
Existe reciprocidade.
Como algo que se complementa mesmo.

Ok. Vejam.
Não tem nada disso dessas fantasias malucas de "vai, agora sai correndo atrás do seu amor" ou coisas do gênero, hahahaha.
Isso é maluquice.
A sensação é que, cada um na sua, estamos bem.
E estamos mesmo. Mas, existe a reciprocidade. E isso ao mesmo consome, mata, vive, alimenta, relembra, fere, aninha, esquenta, gera dúvidas... o diálogo nos traz certezas.

E enquanto eu escrevo isso... eu sei que se ele ler isso aqui, ele vai concordar comigo.

E, cara... ver que a pessoa que vc considera o amor da sua vida (nunca consumado, sumariamente interrompido) também pensa que vc também é alguém que... sério, nem me arrisco a completar o raciocínio, porque... é algo muito louco.
E lidar com isso de forma tão positiva... É esquisito.
É por isso que hoje foi esse dia estranho.

Sabe... eu continuo sendo uma pessoa muito sensível apesar de hoje estar muito segura pra dizer que me sinto, finalmente, uma muralha. Continuo sensível e trazer esse assunto todo à tona me traz muita emoção. Me faz chorar. Não dói mas, me emociona. Como as histórias corriqueiras da vida, como as histórias corriqueiras de amor profundo e sincero e das conexões que fazem as coisas terem pleno sentido.

E eu me emociono demais. Essa é a minha história. Seja lá o que digam. Essa é a minha história.
E, bem ou mal, é uma história bonita pra caramba.
Puxa vida, hoje foi um dia bem feliz.
Sabe, daqueles em que a gente fica orgulhoso da gente mesmo?
Pois bem, hoje foi um desses.

Eu, que achei que eu não era capaz de muita coisa... Hoje vivi algo muito especial: vi uma ideia se concretizar! Uma ideia que era minha:
Que eu pensei,
idealizei,
agi e
concretizei.
E deu certo!

Claramente, já vivi outras coisas antes, várias delas.
Mas, dessa vez, rolou fluido, rolou maneiro, sabe?
Rolaram parcerias e houve engajamento por parte de outras pessoas. Tanto online quando presencialmente. Ou seja....
Tô feliz pra caramba.

Há dois anos, eu visualizei o Café com Pós, encontros mensais de pessoas ligadas à área de Pós-Produção. Pensei em fazer em casa, pensei em fazer numa faculdade, pensei em milhares de espaços e formatos e dessa vez, a parada tomou vida e simplesmente aconteceu.

E eu posso dizer que a ideia foi minha.
Bato muito nesse ponto porque eu preciso me conscientizar de que sou uma realizadora.
E que eu posso sim, me orgulhar de mim.
Eis que me encontro doente, gente?
Um monte de ziquizira e eu sendo praticamente obrigada a olhar e cuidar de mim.
Ainda assim, tive que dar jeito de ir pra São Paulo no começo da semana e me organizar com o job do Rio. Não posso negar trabalho, ainda mais trabalho que me dá tesão de fazer.
Ter como pagar o aluguel e as contas é algo que me deixa feliz. Poder comprar uma paradinha pros meninos também. Enfim. Vamos olhar pra frente, ter perspectivas.
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Obviamente, ficar doente não faz parte dos planos. Principalmente quando se fala em perspectivas.
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Mas, é só assim que eu me dou conta do quanto gasto dedicando aos outros AINDA e qual a medida do foco que tenho em mim. Muito pouco, gente, muito pouco.

Então, é hora mesmo de pensar em como resolver isso mesmo em meio a tanta coisa que precisa ser feita por nós. E é por isso que se confirma pra mim, a tese de que namorado agora, é mal negócio. Não dá pra eu pensar em ninguém, em ter ninguém, em ficar com ninguém. O que não for foco dos meninos e das atividades laborais, tem que ser pra MIM, MIM, MIM. Não quero estar SICK, SICK, SICK, pra sempre.

Espero que eu melhore.
Eu acho significativo (e, ao mesmo tempo, escandaloso) que o que está acontecendo com Dilma, esteja sendo registrado e televisionado e testemunhado por tantas pessoas, da forma que está: nega-se o direito de defesa ao acusado que tenta e tem meios de se defender.
Isso é muito significativo. Sabe porquê?
Porque isso é a realidade desse país.
O Brasil nega, todos os dias, a milhões de pessoas, acesso a diversos direitos que elas têm garantidos.
O Brasil nega, todos os dias, direito de defesa.
Nega condições mínimas de trabalho.
Nega voz ativa.
Nega independência.
Nega a entrega e devolução de serviços devidamente pagos.
Nega direito de resposta.
Nega autonomia.
Nega presunção de inocência.
Nega transparência.
Nega o direito de escolha.
Nega direito de expressão.
Nega o básico a crianças e adolescentes e entrega restos, miudezas e lixo a quem precisa de carinho, calor e instrução para se desenvolver de forma saudável.
E hoje, mais do que nunca, visualizando o que está acontecendo com Dilma (e com esse julgamento atravessado que estão fazendo para TENTAR se mostrar como um país que luta, de forma, trôpega contra uma corrupção sistêmica), eu vejo ali o que acontece todos os dias com milhares e milhares brasileiros que querem ter alcance à justiça e não conseguem.
Ela tem o melhor advogado.
Ela tem milhões de brasileiros ao lado. A imprensa apontando os erros da oposição. Ela tem respaldo de fatos e argumentos e arrisco a dizer que, nesse momento, ela tem inclusive a lógica e o bom senso apontando a seu favor.
E dificilmente ela vai conseguir justiça.
Não porque o mundo seja injusto e as coisas estejam ficando ruins.
Mas, porque é assim TODOS OS DIAS NA VIDA de milhões e milhões de brasileiros. A única diferença é que agora a gente assiste assim: televisionado. A balança desregulada da nossa (in)Justiça agora é observada em ação por todos nós.
Está claro que não adianta ter história, ter mérito, ter número, a meritocracia é uma bandeira que ALGUÉM pode tirar de vc a qualquer momento, quando bem entender, mesmo que vc tenha alcançado o posto, o cargo mais alto na hierarquia estatal de um país.
Renato Russo bradava nos anos 80 e eu cantei isso muito na minha vida e ainda canto agora: "que país é esse?"
Caramba, apesar de ainda estar sem trabalho formalmente, venho vindo numa pega tão bacana de ânimo e realização de projetos e nem poderia imaginar que o dia das mães ia me pegar desse jeito. Até olhei no calendário pra ver se não tinha TPM no meio (pode ser, rsrsrs antecipou!).

Mas, o fato é que essa porcaria de Dia das Mães veio batendo como o dia oficial da solidão.
Foda.

Os meninos são pequenos ainda.
Já fizemos o exercício de sair pra comprar flores pra mim com eles escolhendo e tal.
Mas, esse ano não quis.
Que seja o que é.
Que não tenha presente, tudo bem.
Mas, eu queria um café da manhã na cama.
Mas, não pedi pra eles não.
Ainda são pequenos.
E, tem mais, tem dia que eles fazem café da manhã na cama pra mim.
Isso compensa mais.
Não quis tirar o espontâneo deles e levar isso pra uma obrigatoriedade de datas.
Mas, bateu uma solidão.
Que eu queria que alguém cozinhasse.
Enfim.
Lembrei da minha mãe.
Tão longe e tão sozinha também.
Em meio ao caos dela, revisitei o meu.
Pensei na amiga que não tem mãe.
Pensei no quanto sou importante pros meninos e,
No tamanho das coisas que vamos viver até eles perceberem que sou importante.
Talvez eles já saibam.
Mas, ainda demora pra vir algo.
E aí pensei na minha irmã e na solidão dela.
Três mulheres solitárias.
Deve ser por isso que tanto eu quando minha irmã tivemos filhos homens.

E, assim, seguiu um dia das mães bem solitário.
Me agarrei nas ranhuras da parede pra nem pestanejar na possibilidade de me entristecer ou cair pro fundo do poço que esse é um lugar que não me pertence há um tempo e ao qual não vou querer ir por mais tempo ainda.

Me calo diante da impotência de modificar o que não posso modificar e sigo adiante construindo o meu presente de cores. As lembranças futuras serão mais doces. Certamente.

<3 p="">Mães, ah mães.....

Acabaram de religar nossa luz.
Quando cheguei em casa ontem a tarde, tinham cortado o serviço.
Por sorte, não tem hóspedes nem reservas breves.
Sabe o que mais me assustou em tudo isso? Foram duas coisas.
Um: eu ter negado as contas ao ponto de não pagá-las.
Dois: eu não ter dinheiro para pagar as contas.

Pode até ser que uma coisa tenha levado à outra. Neguei por não ter. Simples.
E os caras são super pontuais em cortar. MEODEOS.

Por um segundo eu achei que ia enlouquecer mas, foi muito rápido que consegui reagir.
Não sei o que tenho ultimamente, não sei se o nome disso é resiliência, ou o quê mas, eu tenho tido uma frieza pra lidar com as coisas, que as vezes nem me reconheço... A situação está ruim, fato, bem ruim mas, eu estou levando na melhor, com muita esperança de que vai melhorar. E não só esperança mas, estou agindo também. Agindo pra preparar o terreno pra algo maior.

E é uma frieza sem ser fria.
É "um passar" pelas coisas resolvendo sem me deter muito tempo em detalhes ou ainda, em lamentações, culpa, peso ou similares. Resolvo sem desperdiçar tempo. Prática. Isso tem me ajudado muito com relação à procrastinação de atividades. Consegui reduzir muito a procrastinação mas, ao mesmo tempo consigo ver melhor alguns nós que precisam ser desatados. Coisas que preciso fazer e que, claramente, eu procrastino violentamente.(consideremos ainda que reduzi mas, não zerei, cometo erros e tenho distrações ainda provocadas por esse mau hábito).

Mas, enfim, como tudo são quase equações que precisam ser resolvidas step by step.
Certamente há algum motivo para essa procrastinação.
Certamente há alguma questão a ser avaliada ou alguma sombra/perspectiva de sofrimento que precise ser dissipada e esclarecida.

Mas, bem, resolvi.
Não cancelei compromisso nenhum.
Ficamos todos ótimos aqui sem celular, sem energia elétrica, economizei na bateria do que tinha bateria... deu tudo certo.

E religaram a luz exatamente 24h depois (não, sem antes a Light dar seu show de mau atendimento por telefone e nas redes sociais.... medo). Enfim, passou.

Tem épocas que as coisas vão difíceis e a gente pensa que não vai mais sair do lamaçal mas, de repente surgem umas mãozinhas aqui e acolá e a gente descobre que não está só. Não só não está só como tem companhia, não necessariamente gente que vem pra te puxar... Só acompanhar mesmo...

A CALMa, a casa de axé que frequento, certamente é um lugar de encontros de almas e, com certeza também um lugar onde podemos colocar a prova a nossa sensibilidade no contato com o outro. São lições que nos chegam todos os dias e quando não são lições, são provas de que estamos sendo cuidados e também que vamos no caminho certo (ou indícios de que nos desviamos dele).

Uma das minhas maiores missões é conseguir internalizar isso sem ter nenhuma dúvida a respeito. E olha, é dificil mesmo, por mais que SEJA simples e não se trate de preguiça: a fé é como um músculo que precisa ser exercitado constantemente. Há os que nasceram com estrutura física pronta mas, há aqueles que precisam se exercitar mais do que outros para manter foco e disciplina para não caírem na tentação da vitimização e da auto-piedade.

Muito do meu orgulho se esconde por trás do trabalho constante que faço de ser uma super heroína. Curioso que os heróis são, no fundo, no fundo, vítimas muitas vezes, solitárias em suas questões primordiais. Estão pra luta diária, estão sempre à frente pelo outro dando o peito e a cara pra bater mas, são quase impossíveis de se alcançar quando se mostram fragilizados. impossíveis de ajudar quando expostos às suas fraquezas. Observando bem, é um grande exercício do ego, sempre o EGO, acreditar que pode-se valer de e para tudo SOZINHA.

Esse é o maior de todos os enganos.

Aquele que disse que o homem não é uma ilha* estava tão certo... E ao mesmo tempo em que somos parte de um todo, a gente veio ao mundo sozinho, cada um num caminho em busca da realização (voltar para o todo?). A gente é parte mas, não podemos nos esquecer que também somos o TODO. Nosso caminho é individual mas, não estamos sós na jornada. E somos humanos, só humanos, falhos e cheios de questões... Alguns superpoderes, os dons, mas, bem humanos.

Dentro da minha jornada, me alegro demais por poder encontrar e contar com tantas outras alminhas que caminham junto na mesma direção.

Eu estou no meio de um aprendizado complexo. não sou especial, sei que estamos todos. Mas, já que não osso falar pelos outros, ainda que soe um tanto egocêntrico, aqui nesse momento eu falo de mim. Só por mim. Só eu posso ter a dimensão do que vivo, tentando compartilhar um pouco com vocês aqui e acolá...

Não está sendo fácil (já diria Kátia, a cega rsrsrs) mas, ao mesmo tempo está sendo de uma beleza ímpar.

Ao mesmo tempo em que olho para mim, para minha vida, para meu presente e vejo tantas faltas, tanta precariedade em certos pontos... ao mesmo tempo vejo muita bonança em outros e um baita de um potencial para superar essas precariedades e poder encarar os problemas reais, de frente.

Eu, hoje, tenho as minhas questões no caminhar...
Um caminhar que segue meio trôpego mas, eu sinto que algo muito bom tá pra acontecer.

Não quero nem vou mais me envergonhar de ser feliz, tá bom?
Eu sou feliz e posso mostrar isso às pessoas sem culpa, sem medo.
Tenho amigos, estou rodeada deles.
Estou sempre em situações diversas, abonada, abençoada, porque reclamar da vida?
AS coisas me vêem como aprendizado, meus caros, então...

Vou parar de negar isso e tentar me acostumar a viver em meio a essa bonança.
Ninguém precisa ter pena de mim, a começar por mim mesma.
E eu só preciso aprender a parar de me desculpar diante do mundo por ter tantas bençãos. (eu ia começar o email me desculpando por invadir a caixa de vocês mas, desisti. não mais desculpas).

Só preciso aprender a viver na benção e na alegria que o Deus me trouxe e onde ele me colocou.
Só preciso agradecer por ter meus filhos, eles me salvam todos os dias.
Agradecer por ter a CALMa, por ter os guias e mestres me orientando no caminho da melhoria e caminhada pela evolução. Essa grande tarefa, essa grande missão.

*(John Donne, "Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo")

Um amigo veio de Chicago passar uma semana no Rio.
Ele já tinha me intimado a acompanhá-lo nessa aventura turística e mesmo alertado de que algumas coisas não rolaria de fazer (balada louca, por exemplo), ele ainda assim, insistiu em vir. Já é a terceira visita dele mas, acho que não tinha conhecido tanta coisa assim. O rapaz não é fã de museu, de arte, de história e o Rio de Janeiro é uma cidade que se constrói muito fortemente em cima disso, né?
Então tive que ser criativa para arrumar algumas outras opções.
Vou escrever melhor sobre tudo o que visitamos num outro blog que estou fazendo, sobre ser uma paulista morando de férias no Rio de Janeiro. Depois eu divulgo o endereço por aqui. Faz parte de outra plataforma menos fácil que o Blogger então estou levando uma pequena surrinha, hahahahah
Mas, como se trata de falar da vida real, da bendita real fucking life de minha pessoa, é óbvio que tudo isso não estaria perfeito se não tivesse uma alta carga dramática por cima de tudo isso.
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Eu, mãe solteira, trabalhadora, desempregada, correndo atrás de um âmago empreendedor e tentando dar conta de segurar a onda emocional no meio dos desenvolvimentos espirituais, me vi fazendo passeios divertidos e turisticos em plena primeira quinzena de abril. No meio do caos. No meio da loucura interna.

Então, partiu trabalhar a culpa.
Partiu trabalhar a autenticidade e a humildade.
Partiu trabalhar os personagens que se apresentam.

E foi uma semana muito bacana mas, que teve seus altos e baixos por conta de todo o entorno.
Morar nessa cidade e ter a minha vida é estar em contato com muitos paradoxos. Muita fartura e muita carência.

PLENTY & EMPTY

Caminham de mãos dadas esses dois conceitos.

E eu, no meio da falta, me vi presenteada com a oportunidade de gerar conteúdo pra esse blog que mencionei. Me vi podendo trocar informações fresquinhas com gente da terra do tio Sam e renovar meu inglês e ainda ganhar novas perspectivas acerca de tudo.

Algumas lições tirei desses dias. E na verdade, alguns reforços inquestionáveis de lições que venho aprendendo dia a dia há algum tempo.

*Se vc quiser ter o melhor, seja melhor.
*Foque no que vc pode resolver. Foque no que está a seu alcance.
*O resto, ignore. Mesmo que seja muito ruim, dar atenção ao que vc não pode resolver, não vai adiantar nada.
*Se mantenha no presente. Resolva tudo agora, não procrastine.
*Desapegue.
*Jogue fora, descarte, deixe de lado todas as coisas, sentimentos, papéis que não sirvam pra nada.
*Supere: seu passado não é seu presente.

Mas, o presente se torna passado rapidinho então é melhor tratar de fazer bem agora pra não se manter nessa retroalimentação que é viver do que passou.

É isso, people.
Sobre os passeios, no outro blog, breve.
Sobre a vida, é isso.

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