"y ahora si no te importa me gustaria ficar sozinho
porque la verdad és que no te banco más."

e assim ela se afasta.
assim termina a noite.
mais uma noite.

ela vai ao computador com pena.
raiva.
ele fica na cozinha em suas coisas.
que será que ele pensa?
em como ela é...

não quero mais pensar.
hoje foi o dia da primeira vacina...
enfim... acabei chorando mais do que ele...
ando tendo tanta vontade de escrever mas, qualquer caneta é tão pesada pra mim...
Tem tanto sentimento ebulindo, tanto pensamento brotando...
meus olhos se enchem de maravilha a cada segundo... é tanto que, de repente, tudo perde o sentido e, logo em seguida, parece encaixar perfeitamente e aí, tudo é possível de novo!
.
...
.
Olho a meu lado e vejo 4 olhos negros. São os olhos da minha alma e da minha vontade. É assim que os meus olhos se enchem de agua, meus braços de cuidados, meu peito de afago, minhas palavras de esperança e meu coração de amor...
. . . .
. . .
. .
.
Meu filho eu não quero te mostrar o mundo mas sim, te ajudar a descobrí-lo.
ele chegou
hoje minha vida muda
deixa de ser passado e passa a ser sempre o
presente
e um futuro, com perspectivas.
passa a ser nossa vida
e a existir com sentido
e, talvez, eu possa dizer com certeza
com o real sentido da esperança.

hoje ele chegou, com seu balbuciar baixinho
uma leve respiração, um olhar mansinho...
ele chegou, com seu cheiro bom, me olhando tranquilo

imagino eu, o que terá ele visto?
que ser seria aquele, que mundo seria aquilo?

eu sei o que eu vi...
eu vi o milagre, eu vi Deus, eu vi a existência do mundo
fazer sentido, ter significado, ter rumo,
o porquê...

meu menino
meu pequenino

sou tua.
sou mãe.

nada vou te deixar faltar.
hoje entrando na 38ª semana.
um pouco de estresse, a obra do banheiro que começou dia 05 de janeiro até agora não terminou. acho que vou ter de dar show.

fui comprar sabao de coco para lavar a roupa do nene.
mamy com suas preparações tardias mas, antes tarde que nunca.

essa noite foi dificil dormir. troquei de lado da cama com camilo e fiquei acordando de tempos em tempos e olhando as arvores pela fresta da janela, acompanhando o amanhecer do dia. como a chuva refrescante da noite foi embora e o céu foi se abrindo, se abrindo... levantei às 8. saí um pouco, andei em busca de um balde e óbvio que não encontrei um que me agradasse.

mas descobri como em uma hora o ar fresco da noite chuvosa pode se transformar num bafo calorento. assim é o verão. rio de janeiro bombando, carnaval chegando.

o bebê também.
hoje o encontro de gestantes teve uma passagem forte.
viviane e jorge estão na 41ª semana de gestação, ansiosos pelo bebê e fizeram a despedida da barriga. Fizeram duas despedidas. Simularam o parto como queriam e o parto em cesariana.

Foi forte, não pensei que ia ser mas, foi.

No meu caso, o parto normal é tão normal para mim que não poderia conceber outra forma.
Pensar nos 200 pontos, nas 07 camadas de tecido cortado, no corpo marcado, na anestesia... curiosamente, para mim, isso tudo me dá horror. Eu quero sentir a dor, sentir meu quadril se abrir, sentir e viver cada uma das contrações que trarão nosso bebê ao mundo então a ideia de que me cortem e tirem ele dali, simplesmente, me horroriza um pouco.

me torna egoísta?
e se for necessário?
e se a gravidez tiver risco?
estou terminando a 37ª semana, não deveria ser. está tudo bem com ele... ele é até gordinho, bochechudo...

a verdade é ter que se acostumar à possibilidade mas, fazer tudo para que eu não precise recorrer a ela.

ok, Dona Barriga. é hora de se acalmar.
a noite é chuvosa, gostosa...
deixa a vida correr.
hoje descobri uma força em mim.
descobri que nada mais me importa no mundo a não ser trazer essa criança a salvo pra esse mundo de doidos. e descobri em mim a chama da força interna que vai me fazer ajudá-lo a enfrentar esse mundo louco.

foi algo que simplesmente eu senti.

de repente, pensei nas minhas próprias inseguranças materiais, no que temos e no que falta e vi que tudo o que nos falta é só um reflexo do que falta às outras pessoas e ao mundo. para nós dois, kyk, aqui, nada do que tecnicamente falta, é real.

nós temos tudo.
estamos prontos para tudo.

e no que não estamos, estamos crescendo, amadurecendo, aprendendo... por que a vida é isso não é?
definitivamente é isso.
entrei ontem oficialmente na 32ª semana de gestação e nunca senti tantas contrações de braxton-hicks... felizmente, tenho lido muito e falado a respeito no grupo de gestantes porque senão, seria um grande susto perceber tantas vezes em tão pouco tempo, minha barriga ficando dura, ora daqui, ora dali... uff.
sofri um pouco com isso, o bebê está grande, sinto ele se movendo até quando estou caminhando. é gostoso, não se engane, para mim não é nenhum incômodo... aliás, acho que vou sentir saudades de tudo isso mas, pensando bem, assusta um pouco. a barriga passa a ser um orgão involuntário, tem vontades e preferências próprias...

enfim, estou aqui num momento de total insonia, vou me preparar para tentar dormir... camilo já está lá há algum tempo, chove incessantemente lá fora e, eu tenho muita sede... hora de caminha, já.
tem momentos que tudo parece me irritar. olho pra meu redor e não vejo nada que me motive a nada. nada tem a minha cara, nada tem o meu jeito nem a minha participação ativa. seria tudo produto de uma historia de passividade frente aos fatos, um "deixa rolar" compulsivo para parecer que tudo é natural e relaxado... não sei se eu saberia fazer as coisas de forma diferente mas, o fato é que olho ao redor e toma conta de mim um certo desespero, uma certa fobia, uma certa vontade de eu deixar de ser eu.

tem dias que me esforço para fazer algo que tenha a minha cara. algo que eu diga que é fruto da realização das minhas proprias mãos e está forjado com idéias que sairam da minha imaginação. no fim, o que tenho, em geral, são pedaços de papel rasgado e produtos com formas assimétricas e feias, um resultado final muito distante do proposto e imaginado... o sentimento de frustração parece me deixar muito pior...

por isso, em geral, tento algo e largo por tanto tempo. foi assim com as velas, com os cadernos, com as caixas, com pintar, desenhar... tudo foi ficando disforme e distante do imaginado e isso eu não posso suportar. por isso, tudo isso está realmente deixado de lado.

assim, se torna melhor ler do que escrever. melhor olhar as fotos dos outros do que sair para tirar, revelar e etc... assim, melhor invejar as obras dos artistas que sujar as mãos de tinta e arriscar. melhor baixar algo pronto e não precisar pensar e suar para criar. melhor ir a uma loja e dizer que está caro, não conseguir comprar matéria prima e ter vergonha de buscar na rua, assim seguimos num lamaçal de frustração.

meu corpo não obedece mais à minha mente porque há anos minha mente parou de criar e passou a se guiar por medos, vontades volúveis, ideais insolúveis, pânico, estresse e uma obsessão por uma vida que não posso me dar. e agora, o que estou fazendo é gerar uma vida que não sei se posso cuidar.

como é que vou fazer com este bebê? como é que vou amá-lo e dar o que ele precisa? como é que não vou me sentir idiota diante de tanta coisa que não sei como fazer? como é que vou ser exemplo e espelho para ele, para ensiná-lo a ser gentil, a ter esperança, a lutar pelos sonhos dele e a não ter medo de enfrentaro mundo? como posso fazer isso se sou uma grande farsa, um fracasso sem fim?

ou eu não precisaria saber como, nem ter essa ansiedade do quando?
será mesmo que a gente se descobre mulher, leoa e mãe ao mesmo tempo?
será que isso tudo são hormônios, medo do desconhecido e que na verdade ser mãe é, sim, viver no paraíso?

estou aqui para saber.
estou aqui pelas respostas.
e minhas perguntas nunca cessarão.
ocultar o oculto
observar o mundo pelas lentes de um binóculo
se entregar a tudo
bem de frente eu broto
conspirar em tudo
por um bem remoto
ansiar o fruto
e deixar o sorriso florescer
nos lábios carnudos de desejo da vida
se sorrir, crescer, deixa ampliar e se esvaecer.

uma bolha em mim
explode e quer viver
um eu mais profundo, mais leve e feliz
um sorriso, um riso, uma expressão de ser.
me inspiro em ti, em ti e em tis
me deixo levar só por um segundo a mais...

80 kg a menos
carreguem meus pesos
completadas as 31 semanas, chegam as 32 e parece que não vai ter fim... Na verdade, não sei se eu gostaria que tivesse. Mas, and tão chatona ultimamente que talvez seja melhor. Ou melhor ainda, encontrar uma maneira de ficar mais tranquila e legal.
O que acontece é que de repente todos os fantasmas guardados, escondidos, esquecidos, deixados de lado e mesmo aqueles com que convivo todo dia resolvem se encontrar e fazer a festa. E eu me vejo, de repente, dizendo coisas sem sentido, sonhando acordada, chorando como uma desatada ou simplesmente sentindo muito desejo de sensações e sabores há muito rejeitados ou esquecidos.
o phoda com ph da vida é esse...
não conseguir conciliar as coisas importantes da vida ou iniciar e tocar novos e nossos projetos pessoais com o mesmo afinco que temos ao lidar com projetos e coisas importantes dos outros...

na verdade estou falando do trabalho versus a vontade de fazer o que quero...

eis que a vida me prega nova surpresa e neste momento me encontro absolutamente grávida.

eis que chegou minha vez de gerar vida... e é tão especial a experiência...
mas, não vou choramingar palavras sobre a beleza da maternidade.
o que quero é colocar pra fora minha inconformidade com minha atual (e desde algum tempo, já) situação de inércia pessoal.

tenho feito tanto pelo trabalho e nada por mim já tem algum tempo...
e agora que vem o bebê, estranho, veio a necessidade de pensar em mim... em nós dois e em nós três. porque agora eu sou mais um, além de nós...

vamos ver se consigo retomar essa bodega começando pelo blog.
um abraço, beijo e chau.
este ano assisti alguns filmes com o ator americano Morgan Freeman. Sempre me tocou o jeito como atua e principalmente sua presença em cena e a força/delicadeza de seus personagens ainda que muitas história/roteiros para mim, sejam um pouco duvidosos. o primeiro filme que me tocou foi na adolescencia, com Se7en, apesar de ele haver brilhado com "Driving Miss Daisy" cerca de seis anos antes, filme que assisti na tv anos depois e que me emocionou mas, não me chamou a atenção.

camilo e eu conversamos algo sobre ele, depois de Gone BAby Gone e, de repente me veio uma dúvida: "engraçado como Morgan Freeman sempre faz papel de velho..." e, de repente nossas cabecinhas se puseram a lembrar ou, a tentar recordar de algum flash, algum frame, algum sutil momento em nossas vidas em que tivessemos visto, mesmo que de relance, uma imagem de Freeman jovem, em alguma imagem desgastada do tempo, p&b, com infindáveis sujeiras de negativo mas, enfim... buscar na memória foi em vão.

tentei resistir ao máximo ao buscar essa informação na internet. mas, hoje, depois de assistir à "The Bucket List", não resisti. uma observação do próprio Nicholson durante o filme, sobre as sardas de Freeman foram o ápice de minha curiosidade.

"não é estranho um negro com sardas?" perguntei a camilo e ele me respondeu com um olhar crédulo de "sim..."

assim que freeman é um sujeito curioso.
e vim ao imdb e me diverti descobrindo que seu primeiro papel no cinema como figurante foi no filme "The Pawnbroker" de 64 quando tinha quase 30 e o primeiro personagem creditado aconteceu apenas em 1971, já com 30 e poucos...

mas, os personagens marcantes e os bons filmes só mesmo nos anos 80 e 90 então dá pra dizer mesmo que ele sempre fez papel de velho...

mesmo quando era jovem, ela ja era velho.... rs... virou piada... ainda que piada interna..
estava imaginando cá com meus botões o que estaria euzinha fazendo se não tivesse e-mail pra checar, post pra publicar, fotos pra administrar, sites de notícias e de amigos para acessar... o que estaria fazendo?

cresci sem e-mail e computador mas isso foi até 93 quando minha mamy comprou seu primeiro aptiva da ibm com super 8 MB de HD (ou algo infímo assim) e era o mais moderno de todos porque todos as minhas amiguinhas que tinham computador (2, no máximo) tinham ainda aqueles de tela preta com letrinhas verdes... o tal de 486...com DOS!!!

apesar de ter crescido longe do computador, minha vida profissional já foi iniciada praticamente paralela ao uso do computador e na faculdade em 98 eu já tinha email... ou seja... de lá pra cá, a vida "cibernáutica" só foi crescendo e tomando espaço do meu dia...

até chegar ao presente momento em que me encontro, à 1h13 da manhã, postando num blog, esperando chegar um email onde conste um link de FTP onde foi postado um arquivo de áudio para atualizar um projeto que deve ser enviado por via link Rio-SP para uma apresentação amanhã às 9 da amanhã...

e, eu aqui, numa fase totalmente orkut da minha vida, postando fotinhos e xeretando a vida dos outros, deixando scraps carentes a pessoas que gosto e tenho saudade e que só tenho a chance de ver através da própria "cibernautecnologia" e, escrevendo este post pra postar pra talvez alguem ler e deixar algum "comment" ou quem sabe nada disso....

pra onde estamos indo?
hehehe, nos mudamos hoje... finalmente!

mas, unhappy, não sei se começaram os pesadelos verdadeiros, ou não!
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