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Hoje, se você me perguntar quem sou eu, minha resposta será bem clara:
Sou alguém em (re)construção.

Observo a minha história e vejo quantas tentativas eu fiz de tentar acertar.
De tentar me reenquadrar.
De tentar caber.
De tentar me comportar (no sentido de ser comportada mesmo, como expliquei aqui em Quase um balanço).

Eu, com esse ego gigante que não cabe no ap que moro e que fico desinflando toda vez que quer sair... Hoje estou me reconstruindo. Considerando inclusive deixar meu ego educado circular livremente :-)

Sou uma pessoa em franca busca da própria auto-estima que ficou pulverizada na falta de tantas coisas e pelo excesso de outras... Pela falta de acesso à cultura genuína como forma de empoderamento, pois nasci e cresci dentro de uma família onde trabalhar e se sacrificar para ter uma vida razoável e atender os padrões de família de classe média baixa era a meta primordial.... Pela falta de representatividade negra, positiva e constante na minha infância e adolescência e certamente pela fartura da TV e seus Xous da Xuxa, Revistas Capricho e Novas/Cosmopolitan (revistas da mulher insegura) que tanto marcaram a construção do ideário e auto-imagem que eu deveria ter de mim mesma ao anteciparem uma estranha necessidade de eu caber em outro corpo, ter outro cabelo e enfim, ser outra pessoa.

Enfim, nesse momento, estou refletindo muito sobre onde chegamos como seres humanos, como humanidade mesmo. Estou buscando informação, estudando e buscando (ainda bem, encontrando) espelhos e redesenhando minhas perspectivas e possibilidades. Aliás, o infinito é bom por isso: as possibilidades não se esgotam nunca!

Sou autêntica e isso é uma certeza que independe do meu juizo de valor sobre mim mesma.
Isso é um alívio.
Sou essa pessoa em busca de se livrar de grilhões invisíveis nos quais eu mesma acabei de atracando mas, dos quais não sou absolutamente culpada: não sou vítima mas, não tenho a responsabilidade e nem a culpa de esses grilhões e correntes existirem.

Sou alguém que tem plena consciência que ter consciência e informação é o primeiro passo para se dar ao fortalecimento. Sou alguém que não tem medo de enfrentar os medos mas, que tem medo sim de perder estribeiras e que sonha em ter um colinho pra se refugiar...

Aos poucos, vou aprendendo que esse colo é o meu mesmo.
Que eu sou minha mãe e meu pai e que eu devo me acolher e me abraçar e me amar o tempo todo...
E que esse é o aprendizado da independência, da INTERdependência.
E que essa é uma das minhas missões como mãe: encaminhar meus meninos para serem seus próprios pais e mães, com todo o amor do mundo por eles mesmos, em primeiro lugar.

Eu sou esse ser que tenta reconstruir os referenciais próprios.
Sou alguém que tenta ajeitar um pouco o terreno pra modo de tentar relaxar.
Sou alguém que busca relva verde pra deitar, sol pra se esticar, rede pra deitar e relaxar.

Sou a medrosa que esse ano aprendeu a nadar e a dirigir.
Que tinha vergonha de ser feliz mas, que aprendeu a reconhecer a beleza das horas difíceis.
Que deu aula pela primeira vez e amou ensinar.
Que se viu negra e se viu mulher com beleza real há tão pouco tempo mas que mesmo que a dúvida faça frente e forte resistência, tem a certeza de que a intolerância interna vai deixar de existir pra dar lugar a alguém livre.

Se você me perguntar hoje quem eu sou...
Eu te diria que eu SOU EU MESMA, que TENHO ORGULHO de mim e que APESAR DOS APESARES eu estou tranquila dentro da pele que habito. E que não há mais espaço pra eu querer ser outra pessoa, ser outra coisa... que estou tranquila aqui dentro.

Eu diria que estou pronta.
Não procrastino mais ser feliz.

As imagens deste post vem daqui e daqui.
Dois feedbacks que recebi sobre este blog nos últimos dias me fizeram pensar.

1. "Ele é muito forte. Talvez seja melhor deixar ele quieto ali, como sempre foi."
2. "Fiquei com vontade de matar o seu ex-marido. Estou impactado."

Eu mesma não tenho (ou não tinha) tanta noção do quanto as coisas que escrevo aqui são fortes.
São mesmo?
Sei lá.

De qualquer forma, é importante ter esse feedback. Me ajuda a construir o espaço de exposição de mim mesma. Ajuda a dar limites e formas. As coisas sobre as quais escrevo aqui, escrevo porque me sinto a vontade para expor e de alguma forma, tenho vontade e me sinto pronta para expor.

Sei que sou densa.
Mas, talvez ser densa aqui, me ajude a dar leveza nas outras áreas que tenho a desenvolver, né? Não vou ali na rede social, simplesmente, porque não tenho vontade de fazer a exposição apenas limitada do que penso. Prefiro e opto por explicar e dar mesmo embasamento e histórico do que escrevo...Aliás, já estou exposta à possibilidade de julgamento... imaginem em 140 caracteres?


Aqui, como já disse, posso ser longa, escrever a vontade. Só posso pensar que se alguém tiver tempo, que leia. E se não tiver, não leia e que fique ali na rapidez do Twitter ou que se afogue no feed do facebook mesmo e tá valendo! :-P

O que sim, posso dizer é que não tenho muita vontade de mostrar a cara, hahahaha

Até que, para protocolo e para manter a coerência do layout do blog que montei, acabei preparando um perfil de cada uma das redes: instagram, google+, facebook page (que está "unpublished") mas, a vontade de me expor como uma escritora que-alguém-pode-chegar-a-seguir, ainda não é algo que me motiva.

Já sou polêmica na vida e sofro (sofro mesmo) as consequências de ser como sou, mesmo não sendo uma pessoa má ou corrupta ou de caráter duvidoso... muita gente já reclama da minha densidade, da profundidade e em alguns momentos me penalizam por isso...

Imagina se o mesmo acontecer com o meu diário gente? hahaha dá não!
Aí fico sem espaço.

Vou continuar escrevendo aqui sobre as coisas que tenho vontade de escrever e vamos ver no que dá.

Imagens retiradas daquiaqui.

Hoje, um dia depois de ontem, estou mais calma, menos cansada mas, continuo a pensar.
Pela manhã, nadei.
Nadar é adaptar-me a um ambiente no qual não estou habituada a viver.

Nadar, para mim, é ter de lidar com deixar o corpo leve...
deixar o corpo leve flutuando num ambiente mais denso...

é aprender a respirar num ambiente que me sufoca.
É aprender a usar o corpo e a dominar o medo ou pânico que me entra quando vejo tanta água junta.

Eu poderia quase dizer que é como a minha vida.

Aprender a me movimentar, a respirar, a usar de habilidades desconhecidas.
Aprender a ser leve e ter jogo de cintura, enfrentando os medos e desafios que se apresentam.
Assim tem que ser.


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