Acho que o mais importante que está acontecendo comigo nesse período todo.... é que estou caindo em mim. Como se eu estivesse sendo capaz de observar as coisas com maior senso de realidade, menos expectativas, sem me colocar o tempo todo no lugar do outro. Capaz de analisar e saber bem o que eu sinto. Aceitar e acolher meus sentimentos sem culpa. E agir. Não procrastinar.

2015 é praticamente o terceiro ano do resto da minha vida...
(depois de 2013 e daquele em que eu tinha 20/21).
Houveram várias quebras e reencontros.
Minha turma do vôlei, de 2001/2002, me resgatou.
Me trouxe contato com minhas amigas de colégio e me fez perceber o quanto aquele período todo me traz saudades e lágrimas. Muitas emoções à flor da pele. Lembranças daquele período de criança/adolescente descobrindo o mundo....
Me trouxe a possibilidade de partilhar numa rede social, o meu #primeiroassedio com coragem e transparência e também me mostrar com os cabelos despenteados em black power. Tipo real me.

Em 2015 deixei inúmeras ilusões e aceitei incontáveis realidades.
As coisas como são.
Eu, como sou.
Vc como vc é.
Sem expectativa.
Sem criação de história.
Sem tentar adivinhar o que vc pensa.
Simplesmente deixando.
Total live and let live.

Esse é o maior aprendizado que tive.
Essa é a minha passagem por aqui.

Eu, que tenho me tornado cada vez mais praticante da minha espiritualidade, curiosamente, venho aqui falar sobre quebra de ilusão e busca de realidade. Acho que conhecer a verdadeira natureza das coisas sobrenaturais, sobre a alma, sobre a mediunidade, está me trazendo um pouco dessa lucidez. Sim, lucidez.

Aceitar e cuidar da minha loucura, para mim, é meu primeiro sintoma de lucidez.

Esses reencontros todos aliados às quebras e rompimentos... me fazem avaliar melhor esse GAP que estou vivendo e descrevendo nos últimos posts. Avalio de forma positiva, não canso de dizer.

Queria dizer que me sinto estranha mas, não posso.
Tá maneiro.
Tá maneiro.

São muitos aprendizados paralelos que invadem minha vida e eu sei que estou preparando terreno pra algo muito bacana que está pra acontecer.

Hohohoh
Hope so.
Here it comes.

A foto vem daqui.
Acabo de viver uma situação chata.
Devia ser por volta de 22h45 da noite.

Chego no prédio e na portaria um casal brigando.
Ela encostada na parede de fora do prédio pedindo pra ele largá-la e o rapaz forçando a barra, segurando-a pelo braço. Tinha ali um outro rapaz, provavelmente um amigo dele,
Entro e digo pro porteiro: "Vc ta vendo a garota?"
Ele diz que não.
Olhamos na câmera e eles estão próximos mas, num ponto cego.

Isso me cheirou mal.

Resolvi sair e fazer alguma coisa.
Passei por eles direto como se estivesse saindo de novo, em direção ao mercado: todo o comeércio fechado. Do outro lado vejo um outro garoto parado e 5... CINCO(!) operários trabalhando numa drenagem no prédio ao lado. Todo mundo "trabalhando" mas, de forma a poderem observar e comentar sobre o garoto segurando a garota na parede.

Cara...
Passei e voltei.

Vi o porteiro da nossa garagem sair e parar TAMBÉM para olhar.
Ele estava  claramente atento e incomodado mas ficou na dele.

Fazendo a soma, eu passei por 7 caras que estavam ali, olhando a discussão.
Contando com o amiguinho que estava do outro lado perto deles eram 8 homens.
OITO.
Se ninguém tinha feito nada até ali, ninguém mais ia fazer.
Iam esperar algo mais grave, possivelmente, mas, eu não consegui.

Cheguei até eles e pedi pro menino soltar a menina q estava pedindo pra ir embora.
E ele me disse:
"Ela é minha namorada."
Eu disse:
"Isso não a faz sua propriedade. Ela tá pedindo pra vc deixar ela ir. largá-la. Vc pode fazer isso?

Ele então me disse que ela havia dado motivo, que ele precisava resolver uma coisa com ela e de repente começou a dizer: "vc não vai me deixar ver a nossa filha?"
Nessa hora eu pensei e tive certeza de que ele estava mentindo.

O outro amigo que estava na portaria do meu prédio se aproxima, toca no meu ombro e me diz:
"Fica fria que ela deu motivo."

Eu digo (por fora fria e com tom ingênuo mas, por dentro com as ventas soprando fogo...":
"Moço,  olha, não importa o motivo, ele não pode segurá-la contra a vontade. Melhor deixar ela ir. Vcs resolvem isso em outro lugar e em outra hora."

Vi q nessa hora o terceiro amigo, q tava mais longe, vinha vindo e eu falei:
"Isso resolve rápido, a gente chama a Polícia."

Peguei o telefone e liguei.
A discussão foi ficando mais intensa porque o cara entrou num dilema mesmo. De que tinha que soltá-la porque eu estava ligando pra polícia (e estava mesmo). Ele acabou soltando ela (que claramente ganhou força quando eu disse que ia ligar pra polícia e tentou se desvencilhar do rapaz.
Nessa hora o rapaz relutou mas soltou a menina, que pegou a mochila dela e saiu correndo.

Eu, a essa altura estava com uma policial na linha, dando o endereço do lugar e quando a menina correu, os três vieram pra cima de mim, que fui pra portaria do prédio, pra onde o porteiro pudesse me ver. O rapaz que estava segurando a garota, veio mais incisivo me mandando olhar ele nos olhos pra eu ver que ele tinha razão. Ele me segurou pelo braço e disse:
"Vc, por um acaso, me viu eu encostar um dedo nela?"
Eu interrompi a chamada e disse:
"Não vi. Mas vc acabou de enconstar cinco em mim."
Ele me largou e foi discutir com os amigos.

Terminei a ligação pra Polícia.
Os caras ficaram ali me falando coisas q eu não conseguia ouvir e eu pedi pra entrarno prédio.
Enquando isso, eles se dispersaram, cada um foi pra um canto.

Em 5 minutos, a polícia veio, me receberam com uma arma gigante.
Dei o meu relato e subi pra casa.

Foi foda
Mas fiquei de consciência limpa.
8 homens e todos " esperando dar merda", "o cara fazer alguma coisa" conforme me disse o porteiro da garagem.

E eu perguntei a ele, se ele não tinha percebido que, pra ela, já estava dando merda, o cara já estava fazendo alguma coisa quando colocou 2 amigos entre eles, possivelmente pra segurar a garota caso ela fugisse dele. e que ela não tinha força física pra se defender do cara.

O que mais ele queria?

Da minha parte, poderia ter entrado em casa e ter ficado "debouas".
Mas, vendo aquela situação incômoda, achei melhor não me calar.
Nem pretendo ficar calada nenhuma vez mais.
Pode até ser que encontrar formas de agir sem me expor, seja uma alternativa mas, ali naquela situação, era inevitável. Fiz ali naquela hora o que precisava ser feito.

E nada mais tenho a dizer.

Resolvi tirar férias do Facebook.
Nada de chilique ou crise.
Simplesmente me cansei.

Nesse lance que rolou outro dia de eu, de repente, no meio do turbilhão, parar para simplesmente fazer o que precisa ser feito... eu resolvi assumir pra mim mesma que estou procrastinando a vida.
Caramba.
De workaholic compulsiva, eu me tornei uma procrastinadora profissional.
Não posso negar, preciso assumir isso.
E, hoje ainda, li um artigo sensacional sobre isso.

Meio aconselhamento e tal mas, muito certeiro (longo, mas, certeiro).

Então, começando pelo começo: as férias que resolvi tirar.
A semana da sexta-feira 13 veio pós demissão de saco-cheio da chefe pseudo-fofa e num momento onde o apocalipse parecia mesmo que estava happening NOW: com direito a desastre-crime ambiental em Minas Gerais, mais e mais aprovações de leis bizarras no Congresso Nacional e um atentado em Paris que mobilizou o Brasil (ou pelo menos parte dele) e que mostrou o quanto realmente tem uma grande parcela da sociedade de olhos vendados pro resto de tudo: estão olhando mas, não vêem. ou estão olhando tão ao horizonte que não enxergam o que lhes carcome ao lado. Uma espécie de letargia que não sei....

Não vou discorrer sobre nenhum desses temas no momento. Todos me tocam sensivelmente e principalmente, pela complexidade que as teias que os geram serem tão complexas e indecifráveis/indescritíveis -- e mesmo assim eu posso sentí-las completamente (total papo de maluco mas que vou fazer, já acostumei a ser eu) --, que eu prefiro mesmo deixar de lado. Até porque não foi só isso.

Eu preciso pensar em como ganhar dinheiro, pagar o aluguel, alimentar meus periquitos aqui.
Não posso pestanejar.
Preciso pensar em estratégias para reduzir meus custos.
Preciso cuidar de mim, que ando largada, largada....
Não dá pra olhar muito pra indignação alheia.
E na boa?
Facebook ultimamente é só isso.
Depósito de indignação.

E hoje a manifestação deve ser por mim mesma.
A mobilização é pela minha vida e pela minha sanidade.
Hoje eu tenho os meus afazeres e preciso acertar o meu presente, olhar pra mim e só isso.
Qualquer coisa além está além e sem sentido.

E no final das contas, me encontro cansada.
Cansada numa hora que não é pra cansar.
Então, pára e respira. Toca se perdoar.
Observando melhor, é só que eu cansei de muita coisa.
Cansei de muita coisa que me cansa e o que preciso fazer é renovar.
Preciso é ficar dentro da casca um pouco.

Parar pra ouvir o que é realmente importante.
Parar para agir e parar de procrastinar.
Não procrastinar.
Trabalhar, resolver, quitar, pagar, ligar, mandar email, executar, processar, documentar, escrever.

Por uma vida presente com mais verbos no infinitivo do que no gerundio, sabe como é?
Assim plantarei uma vida de mais particípios.

Amei essa tese aliás. Vou postar no facebook, hahahahaha
SQN.

Estou precisando de ação efetiva e não de ação contínua e longínqua.
Resolução.

Então fellows.
Vacations.
Férias de Face.
Férias de Insta.
Férias de Twitter.
Me ache na Whatsapp e no Gmail.
E aqui  no Blog pra quem estiver a fim.

Só isso.
Seguimos ocupados.
Depois escrevo mais sobre a procrastinação (hahaha)

Dá uma tese de doutorado.

Quarta, me sentia desolada, louca.
Quinta, tive insights. Os olhos se abriram.
Sexta... O susto do brilho intenso de ter os olhos abertos passou e eu pude ver com clareza.
Mesmo em meio a uma implacável TPM, como sempre, senti o toque. O toque, simplesmente.
E tudo se acalmou.
Se acalmou em mim mesma.
O toque era meu.
De mais ninguém.


E hoje, hoje foi sexta feira 13.
Hoje foi sexta feira 13 e nem percebi.

Mesmo com uma leve indisposição, que melhorou durante o dia, eu trabalhei tranquila, levei e busquei meus filhos na escola. Pude ir ao supermercado e comprar o que estava faltando em paz. Assinei contratos, fui aos correios, gerei os relatórios que precisavam ser gerados e fiz a ponte de comunicação com meus companheiros de trabalho, da forma como tinha que ser.

O dia ainda não acabou mas, seguramente logo mais irei descansar e nesse final de semana, prometo que encontro brecha pra um banho de mar lá na Vermelha.

Sabe...
Olho ao redor e tem muita coisa que precisa ser melhorada, que precisa ser dita, que precisa ser debatida, discutida e até polemizada.
Olho ao redor e vejo que tem muito descaso que precisa ser combatido, injustiças a serem denunciadas, atitudes pra serem melhoradas.
Olho e vejo que, cada vez mais, a melhor resposta à inveja, à mesquinhez, à insanidade disfarçada de atitude cool, ainda deve ser...
o AMOR...
o AMOR e a DISTÂNCIA...
O AMOR-PRÓPRIO e a DISTÂNCIA SEGURAdas coisas, pessoas e situações que ME fazem mal.

2015 está caminhando derradeiro e apesar de ver tanto retrocesso na esfera macro brasileira, foi um dos anos que mais me trouxeram aprendizados (na esfera micro-individual) práticos. Inúmeras demonstrações firmes e seguras de que sou (somos, ao menos nós 3) seres cuidados e guardados.

E a certeza de que não adianta se debater...
De que tem hora que é melhor simplesmente flutuar, deixar o corpo ir, flotar...
E simplesmente respirar e observar o que está sobre e ao redor de nós mesmo...
Atentamente.... simplesmente, nada fazer a não ser fazer o que precisa ser feito.

E assim, vamos.
Carpe Diem.
Foco.
Eu.

ps: a foto é minha e fui eu que tirei.

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