E se eu pudesse...

... simplesmente contar que eu passei um mês de fevereiro maravilhoso com meus filhos.
Acho que nunca passei tanto tempo com eles, desde que voltei a trabalhar quando o Nohê tinha 03 meses.
E, é óbvio que, pensar nisso machuca um pouco. Faz eu me sentir uma pessoa ruim por alguns instantes... Não. 
Uma pessoa pessoa ruim não, porque isso eu sei que não sou. 

Mas, faz eu ter um pouco de pena de mim mesma, talvez. 
Sim... porque eu trabalho tanto não só porque eu gosto mas, porque sou perfeccionista. Porque sou profunda no que eu faço, por que mergulho de cabeça nas coisas e por vezes, simplesmente não sei olhar para os lados.

E, seguindo o mesmo raciocínio, faz eu me sentir injusta também. 

Injusta com eles, injusta com Camilomeu marido. Injusta na divisão do tempo... do meu tempo com eles, com o trabalho e comigo. Porque, tem esse detalhe também: se a balança do tempo tem pendido cerca de 80% do tempo para o trabalho, 20% para meus meninos... não sobrou nada para mim. Não sobrou nada para Camilo. E aí eis, meu bem, a chave de tudo. Que porra de equilibrio é essa? nem é...

Mas, resgatar a própria vida não é tarefa simples. Sem trabalhar, fiquei meio sem saber o que fazer. 
Por um lado, torcendo para que precisassem de mim e por outro, pensando no que fazer pela minha própria casa com meu próprio espaço aqui. Afinal, agora eu tinha algum tempo. Tinha economizado um dinheiro... não havia mais justificativa.

E... pasmem... foi aí que percebi que não podia mais tomar decisão alguma.

Eu achava que sim mas, fato é que não estava mais governando a minha vida.
sabe o quanto pode ser devastador, descobrir no meio de tudo que vc nao tem mais controle?
eu jurava que tinha.

Minimamente, até estava prestes a encontrar algum fio da meada mas, ainda não sabia.
Eu estou perdida. Ou estava.

Next Post Newer Post Previous Post Older Post Home

0 comment :

Post a Comment

jQuery(document).ready(function(e) { e(".article_slider").owlCarousel({ autoPlay: 1e4, slideSpeed: 400, singleItem: true, navigation: false, pagination: true, }); }) $(".popular-posts .item-thumbnail img").attr("src", function (e, t) { return t.replace("s72-c", "s180-c") }); $('.popular-posts ul li .item-snippet').each(function(){ var txt=$(this).text().substr(0,150); var j=txt.lastIndexOf(' '); if(j>10) $(this).text(txt.substr(0,j).replace(/[?,!\.-:;]*$/,' ...')); }); $(document).ready(function(){ var smooth_scroll = $('#smooth_scroll'); //Click event to scroll to top smooth_scroll.click(function(){ $('html, body').animate({scrollTop : 0},800); return false; }); var menu_toggle = $('a.vt_menu_toggle'); menu_toggle.click(function(){ $("ul.blog_menus").slideToggle(); }); }); //]]>