eu sou mamãe caxias. entre outras coisas, prezo pela informação, pelo parto normal, pela amamentação exclusiva, cama compartilhada, em respeitar os tempos do bebê e em não usar a violência (física, moral ou verbal) contra os seres que não tem nenhuma possibilidade de se defender.

de alguma forma isso é resultado da pessoa em que fui me tornando na vida. esse blog registrou algumas dessas mudanças. com o tempo aprendi a me defender e a defender minhas opiniões. aprendi a cozinhar e descobri que comida não se compra no supermercado.... e por aí vai. mas, aqui, quero falar da amamentação. talvez essa breve introdução já seja uma forma de eu me justificar. de tentar pedir desculpas a alguém (ao Lucas? à sociedade? a mim mesma?) por não ter podido amamentar meu bebê exclusivamente até os seis meses de vida.

acho que o que mais me martiriza é o fato de que com Kyrá, as coisas aconteceram tão naturalmente e tão calmamente... nós nos preparamos afinal eram tantas dúvidas... nos esclarecemos e fomos "caxias", protetores, seguimos o melhor possível à risca. parei de trabalhar durante 6 meses para estar com ele e voltei "com dor no coração" titubeante entre mil outras coisas que acontecem com as mães de primeira viagem.

não usei produtos artificiais pra limpar o bebê durante um bom tempo. Pro banho só produtos específicos sem corantes e perfumes. Amamentação exclusiva até o sexto mês. Repeitando o tempo dele. Acompanhando de perto. Sem tirar os olhos. Protegendo mesmo. Ensinando. Lendo muito. Imaginando o futuro demais.

E não é que vem o segundo filho e bagunça tudo, coloca tudo o que a gente pensa à prova?
a vida não é mais a mesma, agora urge, tenho que proporcionar a sobrevivência pra todos!!!

E esse pequenino Lucas, tão pronto voltei a trabalhar, se armou de dentes e mordeu a bolacha que estava na mão do pai. E eu culpei o pai. E eu culpei a mim mesma. Culpei a todos porque não posso aceitar que todas aquelas coisas que eu acredito estejam se desfacelando na minha frente....

é, tenho que voltar a trabalhar, estou vendo coisas novas surgirem, novas oportunidades aparecendo... e transformações que podem vir a possibilitar que a gente continue bem, que eu nao precise me desesperar. mas, eu tinha que ser mãe agora, nào tinha?

sim, amamentação, maternidade, trabalho... uma perigosa combinação.

não queria, não quero perder os melhores anos da vida dos meus filhos então, tenho que dar um jeito. um jeito de não pirar, um jeito de não me culpar e culpar os demais.

vou ali ver uns relatos de outras mães e já volto.
dois anos atrás, eu me tornei mãe.
me tornei uma pessoa melhor.
me tornei mais paciente e descobri que a vida se renova em cada sorriso, em cada segundo, em cada olhar.
não tem mais motivo pra não seguir adiante, não tem mais motivo pra reclamar da vida.
não tem mais motivo pra achar que não sou nada e nem que vou ficar sozinha.
não tem mais solidão. só tem presença em meus dias.
meu bebê nasceu naquele meio dia de dezesseis do dois e nunca mais me deixou um segundo.
todos os dias da vidinha dele. descobrindo, crescendo, se aventurando.
e mesmo com lágrimas que sempre vem, ele segue me mostrando sempre a forma de como ser uma pessoa melhor.

e dizem que as crianças não sabem. pois se equivocam. as crianças e os velhos são sábios.
imaturos somos nós que estamos no meio do caminho.

aprendi a perdoar. aprendi o valor das coisas. aprendi que sou capaz.
e meu anjo segue crescendo a cada dia, a cada despertar.

hoje é um dia muito importante. todos os meus dias agora são.
e espero que seja assim por muitos e muitos e muitos outros dias que virão.

kyrá, eu te amo e quero muito te ajudar a viver e sobreviver nesse mundo maluco.
a mamãe está aqui.
caramba, estou quase ficando maluca.
além do trabalho, peguei uma transcrição de urgência pra fazer. ainda bem que camilo vai ajudar porque é uma graninha providencial que entra.
entrego um dos episodios de discovery essa semana e tem outros dois entrando.
aniversario de dois anos do kyrá e o lucas fazendo manha pra dormir.
espero que daqui uma semana eu poste aqui novamente porque as coisas tenham saído bem.
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hoje enquadrei minha ex-coordenadora e perguntei na lata se ela estava com algum problema comigo.
o curioso foi que a resposta foi que ela achava que eu estava com algum problema com ela.
e, veja bem, tudo por conta de uma terceira pessoa.
passei meses, uma gravidez inteira pensando que essa pessoa querida estava me recriminando por dentro.
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vivendo a aprendendo a ser objetiva, a perguntar na lata. por que a gente demora tanto tempo em se ligar que simplificar é melhor?
como explico isso pros meninos? (a resposta é: praticando e sendo exemplo, acho)
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bom, da licença. vou transcrever.
Ai ai mulher, o ano começou tipo furacão. Não deu tempo pra nada.
Quando comecei a me preocupar com grana, me ligaram da Conspiração pra voltar a trabalhar.
Um projeto pro canal Discovery chamado Viver para Contar.
Eu já tinha finalizado dois episódios em 2009 e sinceramente, acho que só eu daria conta de finalizar ele agora.

Não tive muita escolha, tive que encarar.
Então, já comecei 2011 com algum dindin no bolso mas, muito preocupada também.

Nohê que precisa tomar a mamadeira. Kyrá que poderia ir pra escolinha. E nós dois que precisamos ter paciência pra continuarmos sendo dois e pra tentar sair desse perrenguinho bem. Não tá fácil não ser mãe, mulher, esposa, funcionária, amiga mil mulheres e ainda ter humor ou dormir bem a noite.

E tem aquelas inseguranças mil que fazem parte da minha vida.
Vontades mil que também me rondam.
Eu sempre preocupada com o que dizem mas, fazendo sempre o que me dá na telha.

Aiai viu... um post meio muro de lamentações mas, sei que passa.
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